Jornal Ação

Dança e emoção fazem da Ortobras um palco de encanto na homenagem ao fundador

05/12/2025 às 23:56 // Eventos.

Na noite desta sexta-feira a Ortobrás viveu um dos momentos mais sensíveis e simbólicos de sua história recente. A homenagem ao fundador, Sr. Rijato Hummel, ocorreu no terraço da empresa, em um fim de tarde marcado por um pôr do sol belíssimo, que tingia o céu de tons quentes e criava uma atmosfera acolhedora, quase sagrada.

O evento reuniu familiares do homenageado, colaboradores, amigos e as famílias dos dançarinos. A Ortobras apoia o grupo de danças alemãs há mais de três décadas, o que tornou a cerimônia ainda mais significativa. Depois de um período afastado por questões de saúde, essa foi uma apresentação especialmente preparada para ele, que está com 96 anos. Por motivos de saúde também seu Rijato deixou de acompanhar as apresentações do grupo fora da empresa.

A programação cultural emocionou o público com apresentações dos grupos infantil, juvenil e adulto. A entrada dos dançarinos no terraço marcou o início oficial da homenagem. Para muitas crianças esse também foi o primeiro encontro com o Sr. Rijato — um gesto de continuidade da tradição que ele ajudou a manter viva.

Jonathan Hummel, filho do homenageado, recebeu os convidados e destacou a importância desse reencontro entre passado e futuro: “Eu acho muito bom resgatar essas origens, pois isso vai se perdendo durante os anos. Acho muito legal essa gurizadinha vivenciar isso. Essas danças têm mais de 100 anos de tradição, se não tiver grupos como esse para resgatar essa cultura, isso vai se perdendo.”

A professora Adriana, que conduz o grupo há décadas, lembrou a longa relação com a família: “Desde maio de 1997, há quase 30 anos, passamos alguns momentos com a família. Sempre participam prestigiando com a dança.”

O ponto alto da noite foi o discurso do próprio Sr. Rijato, visivelmente emocionado. Ele falou sobre a importância da tradição germânica, dos costumes familiares e do orgulho em ver novas gerações mantendo viva uma herança cultural centenária. “Para mim é importante manter a tradição, os costumes. Valeu a pena de coração, é lindo ver como o grupo cresce”, relatou.

A lembrança da esposa, Sra. Anita, com quem foi casado por mais de 32 anos, surgiu de forma espontânea durante a entrevista — um testemunho do afeto e da saudade que seguem presentes em sua caminhada.

Os dançarinos, todos muito bem ensaiados e entusiasmados, também falaram ao Jornal Ação. Para eles, apresentar-se diante do homem que apoiou o grupo desde o início foi uma experiência marcante.

O presidente do grupo, Jeferson, resumiu o sentimento coletivo: “A gente se sente muito valorizado, porque o Sr. Rijato é uma pessoa que nos acolheu desde o início. Ele estar aqui, nessa idade, ainda nos convidando e nos dando valor, com certeza, é muito especial para nós.”

Antes que a noite caísse totalmente, a comitiva do Papai Noel passou pela rua da empresa. As crianças, que minutos antes estavam concentradas nos passos de dança, correram para ver o bom velhinho, rindo e acenando enquanto ele seguia com suas luzes. A cena reforçou o clima afetivo e comunitário que marcava o terraço naquele instante: cultura, memória, família e encantamento dividindo o mesmo espaço.

A imagem desse momento capta exatamente isso — a inocência dos pequenos correndo para ver o Papai Noel, emoldurada pelo contraste do céu alaranjado e pelas paredes da Ortobras, onde tradição e futuro parecem sempre andar lado a lado.